A Grécia condenou na quarta-feira 45 pessoas acusadas de ingressar no partido neonazista Golden Dawn.

Entre os condenados encontram-se líderes e deputados eleitos para o Parlamento grego. Com o ânimo exaltado, os ativistas entraram em confronto com a polícia grega.

Nenhum dos condenados compareceu ao tribunal para ouvir a decisão. Esta é uma das provas mais importantes da história política do país, um processo que durou mais de cinco anos.

Um dos promotores que acompanhou o caso chamou o episódio de “o maior julgamento de criminosos fascistas desde Nuremberg” – um tribunal que condenou líderes do nazismo alemão.

O partido foi classificado pela Justiça do país como “organização criminosa”. As penas variam entre 5 e 15 anos de prisão.

Golden Dawn é acusado de promover ataques de ódio que até resultaram no assassinato de um rapper. Pavlos Fyssas foi morto a facadas. Toda a liderança do partido acabou na prisão no momento do crime, iniciando o julgamento em 2015.

Criação e ascensão

O partido foi criado em 1980 por um ex-membro do exército grego, Nikos Mihaloliakos, mas só atingiu o pico em 2012, quando a Grécia passava por uma grave crise financeira.

O descontentamento popular com a gestão do país, especialmente em questões de imigração, fez com que a instituição fascista ganhasse força nacionalmente. 2019 marcou a última participação do partido no sistema político da Grécia.