Câncer de próstata: prevenindo o melhor caminho ainda – Assiscity

O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).

A doença é um dos menos sintomas e pode ser completamente silenciosa. Muitos sinais passam despercebidos, como desconforto ao urinar e dificuldade de ereção, que podem ser confundidos com sinais comuns ao avançar da idade. O envelhecimento e a hereditariedade são os principais fatores para o desenvolvimento desta doença, suscitando a necessidade de exames regulares. Para quem tem história familiar, recomenda-se o exame de toque retal a partir dos 45 anos, cinco anos antes, em comparação com quem não tem nenhum caso na família.

“Fiquei 30 segundos sem reação, não era um diagnóstico esperado”, relata Sidney Quintino Mariano, 57. O paciente foi diagnosticado com câncer de próstata quando visitou o Hospital São Camilo para exames de rotina. Em uma pandemia, Sidney foi submetido a um teste de laboratório, que identificou um alto nível de PSA (antígeno específico da próstata). O médico, na época, informou-lhe que a doença ainda se encontrava no estágio inicial. “Não era urgente, mas queria resolver rapidamente”, lembra a paciente.

Segundo o médico Davi Abe, urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a pandemia e o isolamento fizeram com que muitos homens parassem de fazer o exame preventivo.

“Vimos que o medo do Covid-19 foi o principal fator na redução da demanda de muitos pacientes, dificultando a detecção da doença em seu estágio inicial”, afirma.

Dados de uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) indicam que, devido à pandemia, 55% dos homens com mais de 40 anos não realizaram nenhuma consulta ou tratamento médico.

“Esse número é preocupante”, destaca o urologista. “Segundo o Inca, são estimados mais de 65 mil novos casos só no Brasil este ano. Já pudemos identificar que tivemos uma redução de 70% nos exames laboratoriais de PSA e toque retal nesse período de isolamento social”, afirmou. explica.

Além da pandemia, outro fator que impede o paciente de consultar o urologista é o preconceito que a doença e o toque retal acarretam. “Ainda hoje vemos uma dificuldade por parte dos homens em procurar os exames, porque a supervalorização da atividade sexual e o medo da impotência ainda são um fardo para muitos pacientes”, diz Dr. Davi.

Para Sidney, manter o foco foi o sentimento principal no início do tratamento. “Meu pai morreu de câncer de intestino e eu tinha os mesmos pensamentos que ele, tanto que não fazia os exames regularmente. O apoio da minha família, amigos e o acolhimento que tive com o Dr. Davi foram o que me motivou a seguir à frente “, relata.

Autocuidados

O câncer de próstata tem maior incidência na terceira idade, acometendo, em 75% dos casos, homens com mais de 65 anos.

Segundo o especialista, quanto mais cedo for feito o teste, maiores as chances de cura. “Autocuidado primordial, já que a doença raramente apresenta sintomas em um estágio inicial. Se detectado rapidamente, o câncer de próstata pode ser curado estatisticamente em 90% dos casos”, explica.

Apesar de aumentar as chances de cura se identificada em sua fase inicial, segundo o urologista, a doença também pode ser curada em estágio avançado. “A medicina está tão avançada que hoje existem várias inovações no tratamento, mesmo para os casos mais complexos.”

“Desde o início do tratamento o Dr. Davi foi atencioso e tranquilo. Ele me passou todos os protocolos e, de acordo com o quadro clínico apresentado, informou que eu tive 80% de cura”, destaca Sidney, que realizou a cirurgia. recentemente.

“Na So Camilo, trabalhamos para que o diagnóstico não afete o paciente, pois sabemos que as incertezas podem causar outros tipos de doenças, como depressão e ansiedade, e não queremos isso”, explica o especialista.

Por fim, Sidney destaca que, para ele, a doença se resolveu rapidamente, antes mesmo do aparecimento de qualquer sintoma. “Por isso, hoje estou mais focado, em dar assistência médica e não deixo o preconceito tirar o meu foco”.

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