BRASÍLIA, 21 de junho (Reuters) – O Senado do Brasil aprovou nesta quarta-feira as regras orçamentárias propostas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consideradas cruciais para evitar o aumento da dívida pública.
O projeto recebeu 57 votos sim e 17 contra.
Como os senadores alteraram o texto aprovado pelos deputados brasileiros, é necessário um novo turno na Câmara.
O projeto de lei é visto como essencial para mostrar um caminho para a sustentabilidade das finanças públicas, especialmente depois que Lula conseguiu a aprovação no Congresso para aumentar os gastos sociais para ajudar os mais pobres.
Pela proposta, os gastos do governo não devem crescer mais do que 70% do crescimento da receita, com o crescimento das despesas também limitado a 0,6% a 2,5% ao ano acima da inflação.
Se as metas fiscais não forem cumpridas, o crescimento das despesas será limitado a 50% do crescimento da receita.
O andamento da proposta no Congresso foi elogiado pela S&P, que na semana passada elevou a classificação de crédito do Brasil.
O defensor do projeto, senador Omar Aziz, ampliou a lista de exceções ao teto, incluindo um fundo educacional, um fundo constitucional do distrito federal e gastos relacionados à ciência e tecnologia.
Aziz não alterou o cronograma de ajuste de gastos pela inflação, item que o Ministério do Planejamento disse que ajudará o governo a preparar o projeto de orçamento de 2024, que deve ser apresentado até agosto.
Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o governo brasileiro terá que cortar cerca de R$ 32 a R$ 40 bilhões (US$ 6,6 a R$ 8,3 bilhões) do orçamento no ano que vem.
Reportagem de Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello; Adaptação de Sandra Maler, Chris Reese e Cynthia Osterman
Nossos padrões: Os Princípios de Confiança da Thomson Reuters.
“Proud coffee expert. Webaholic. Zombie guru. Introvert. Avid beer aficionado. Analyst. Total TV practitioner. Award-winning foodie. Student.”