O Times informou que o príncipe de Gales temia que a política controversa pudesse ameaçar a cúpula de líderes da Commonwealth a ser realizada no final deste mês em Kigali, Ruanda, onde se espera que ele represente a rainha Elizabeth II.

Em resposta à reportagem do Times, um porta-voz do governo do Reino Unido disse à CNN em um comunicado: “Nossa parceria líder mundial com Ruanda resultará em que aqueles que fazem viagens perigosas, desnecessárias e ilegais para o Reino Unido sejam realocados para lá para perseguir suas vidas. reconstruir suas vidas. Não existe uma solução única para a crise migratória global, mas não fazer nada não é uma opção e essa parceria ajudará a romper o modelo de negócios das gangues criminosas e evitar a perda de vidas”.

“Ruanda é um país fundamentalmente seguro com um histórico de apoio aos requerentes de asilo e estamos confiantes de que o acordo está em total conformidade com todas as leis domésticas e internacionais”, acrescenta o comunicado.

O governo britânico anunciou em abril que havia concordado com um acordo para enviar requerentes de asilo ao país do leste africano em uma tentativa de desmantelar as redes de contrabando de pessoas e desencorajar os imigrantes de cruzar o perigoso Canal da Mancha da Europa para a Inglaterra.

Na sexta-feira, o plano do Reino Unido de enviar requerentes de asilo para Ruanda já na próxima semana recebeu luz verde depois que o Supremo Tribunal de Londres rejeitou uma liminar de ativistas para bloquear o primeiro voo que deveria partir na terça-feira.

O plano do Home Office está atualmente em revisão judicial nos Tribunais Reais, onde se espera uma decisão sobre sua legalidade no final de julho.

Grupos de direitos humanos disseram que vão recorrer da decisão. Care4Calais, um dos grupos de direitos humanos que lançou o processo inicial contra as deportações, disse que recebeu permissão para recorrer do veredicto na segunda-feira.