OMS: em 2020, mais 60 emergências de saúde foram vivenciadas no mundo

Foto: Peter Ilicciev / Fiocruz

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ANA ESTELA DE SOUSA PINTO
BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) – No ano da pandemia Covid-19, o mundo passou por outras 60 emergências de saúde, incluindo grandes surtos de chikungunya, febre amarela e sarampo, informou neste domingo (8) a Organização Mundial da Saúde. . Sete deles foram considerados grau 3, o mais grave, de acordo com balanço do site da organização.

Segundo a entidade, os dados anuais de mortalidade por sarampo em 2019 – que serão divulgados na próxima semana – vão mostrar um forte impacto negativo do maior número de novas infecções em mais de duas décadas, e a situação neste ano pode ser ainda pior.

Os países duramente atingidos por outras doenças além da Covid-19 incluem México, Chade, Gabão e Togo. Os impactos internacionais na saúde também foram causados ​​por enchentes no Sudão, tempestades nas Filipinas e no Vietnã, uma explosão em Beirute e um incêndio em um campo de refugiados na Grécia.

Na sexta-feira (6), a OMS e o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lançaram um apelo urgente para tentar prevenir grandes epidemias de sarampo e poliomielite. As entidades afirmam que a pandemia Covid-19 continua afetando os serviços de vacinação, “deixando milhões de crianças vulneráveis ​​em risco de doenças infantis evitáveis”.

O ressurgimento global do sarampo, com surtos contínuos em todas as partes do mundo nos últimos anos, provavelmente será exacerbado por lacunas ainda maiores na cobertura de vacinação em 2020, dizem as entidades.

Ao mesmo tempo, espera-se que a transmissão do poliovírus aumente no Paquistão e no Afeganistão e em muitas áreas subimunizadas da África. O fracasso em erradicar a poliomielite levaria agora ao ressurgimento global da doença, resultando em até 200.000 novos casos por ano em 10 anos, dizem as entidades.

Uma das emergências de saúde mais complexas enfrentada pela OMS foi a ocorrência conjunta do maior surto de sarampo de todos os tempos na República Democrática do Congo e o segundo maior surto do vírus Ebola.

A organização anunciou que, após 18 meses de combates, o surto de Ebola foi controlado no leste do país. Um surto final na região oeste ainda está ativo.

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