Temendo o agravamento dos casos no seu concelho e a vinda a Natal e a obrigatoriedade do confinamento, a autarca de Matosinhos avançou esta quarta-feira com um novo pacote de medidas restritivas que incluem o encerramento antecipado de estabelecimentos comerciais. Ciente de que isso não será suficiente, também emitiu uma série de recomendações ao IPSS e além. Luísa Salgueiro pediu ainda ao Governo medidas mais drásticas e apenas a sua capacidade, como limitar a circulação no concelho ao essencial.
“É importante que existam diretrizes nacionais (…). O risco que corremos é no Natal estarmos confinados e agora é importante agirmos. Que sejam traçadas agora, para não termos que tomar medidas mais sérias no futuro ”, defendeu o prefeito socialista.
Assim, na sequência do grande aumento do número de casos positivos para Covid-19 no concelho de Matosinhos, a Comissão Municipal de Protecção Civil de Matosinhos, decidiu:
- Fecha às 21h de todas as lojas de varejo e serviços, incluindo shopping centers
- Fechar todos os restaurantes às 22h – inclusive os de shopping centers -, permitindo fique dentro de casa até às 23h.
- Limitar a capacidade dos cemitérios com base nas áreas dos espaços de circulação;
- Reduzir pela metade o número de comerciantes e vendedores de produtos não essenciais nas feiras semanais;
- Recomendar o fortalecimento das normas da Direção-Geral de Saúde para Locais de culto e religiosos;
- Forçar o controle do número de pessoas dentro de todos os estabelecimentos;
- Fortalecer o controle sobre o uso de transporte público e serviços de transporte público;
- Reforçar o policiamento das vias públicas para cumprir as medidas;
- Suspender as reuniões presenciais dos órgãos autárquicos municipais e recomendá-las aos órgãos autônomos de freguesia.
Além dessas medidas, o também recomenda a todos os IPSS a adoção de bolhas em creches e jardins de infância, ou seja, funcionário e educador exclusivo por turma, método de trabalho de espelho e grupos e suspensão de visitas a Lares e outras instituições com internação. Propõe também a suspensão de todas as atividades culturais e recreativas por tempo indeterminado.
A Comissão Municipal de Proteção Civil (CMPC) também vai propor outras medidas ao Governo. “Queremos que o Governo actue e estou satisfeita por já ter sido convocado para sábado um Conselho de Ministros extraordinário”, disse Luísa Salgueiro. O prefeito também frisou que, neste momento, 130 turmas do município estão em quarentena e que “o maior número de situações de confinamento resulta de casos em ambiente escolar”. Assim propõe:
- À semelhança do que sucedeu na semana passada com três câmaras do Norte (Lousada, Paços de Ferreira e Felgueiras), defende que o dever de permanência em casa seja imposto em Matosinhos – à excepção dos movimentos autorizados (actividades profissionais, saúde, etc. aquisição de bens essenciais, usufruto do ar livre, assistência a pessoas vulneráveis e frequência a estabelecimentos escolares, caminhadas e animais de estimação e exercício ao ar livre);
- Implementar ensino a distância para o ensino do terceiro ciclo, secundário,
educação vocacional e universitária ”até 15 de novembro, - Compartilhe a localização georreferenciada pessoas infectadas e quarentenas com serviços municipais de Proteção Civil, bem como locais de detecção de surtos, para monitoramento e implementação de medidas em tempo hábil, visando prevenir a propagação da doença, como por exemplo saneamento áreas de contato nas proximidades e condomínios residenciais, cuidados adicionais na coleta de lixo, etc.
- Criação de dispositivo de reforço da capacidade operacional das brigadas de incêndio, para responder ao COVID19, semelhante ao dispositivo de Combate a Incêndios Florestais.
Estas medidas deverão ser tidas em consideração no Conselho de Ministros extraordinário previsto para sábado. “Se não pararmos agora, a situação vai piorar mais tarde”, disse Luísa Salgueiro, afirmando, em resposta a jornalistas, na conferência de imprensa desta manhã, que esteve em diálogo com os autarcas de Vila Nova de Gaia e Porto, bem como com o presidente da Comissão Distrital de Protecção Civil do Porto, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins.
Marco Martins apresentou esta quarta-feira uma proposta ao Governo para que, devido ao aumento do número de casos Covid-19 na região, decrete o toque de recolher no distrito
Prefeitos do Grande Porto pedem toque de recolher ao governo
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