Índice de aprovação de Lula no Brasil cai apesar de melhores notícias econômicas

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    Índice de aprovação de Lula no Brasil cai apesar de melhores notícias econômicas

    BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou o cargo em 2010 com apoio recorde, não está indo tão bem em seu novo mandato e seus índices de aprovação estão caindo constantemente, mostrou uma nova pesquisa nesta sexta-feira.

    Apesar de novas boas notícias econômicas, o número de brasileiros que classificam seu governo como ótimo ou bom caiu para 37% este mês, de 39% em abril e 41% em março, segundo pesquisa do IPEC publicada no jornal O Globo.

    Os que consideram seu governo ruim ou péssimo subiram de 26% e 24% para 28%, respectivamente, nas duas últimas pesquisas do IPEC.

    O índice de aprovação de Lula caiu mesmo no pobre Nordeste do Brasil, seu tradicional reduto e onde ele obteve a maioria dos votos nas eleições de outubro passado contra o ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro.

    A presidente-executiva do IPEC, Marcia Cavallari, disse que a queda nos índices de aprovação de Lula era esperada no início de um governo que assumiu em janeiro, quando os eleitores ajustaram suas esperanças à realidade.

    “O impacto de alguns indicadores econômicos positivos recentes pode ainda não ter sido sentido na prática pelos eleitores”, disse ela.

    A economia do Brasil cresceu mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre e a inflação está desacelerando para o menor nível em 2 anos e meio, o que é uma boa notícia para os consumidores.

    O governo minoritário de Lula teve dificuldade em construir uma base política no Congresso conservador do Brasil, onde o poderoso lobby agrícola tentou bloquear suas promessas de proteger o meio ambiente e os direitos dos povos indígenas à terra.

    A aprovação ao governo de Lula caiu de 54% em abril para 53% e 57% na primeira pesquisa de março, enquanto a desaprovação aumentou para 40%, de 37% e 35% anteriormente.

    O IPEC, anteriormente conhecido como instituto de pesquisa IBOPE, entrevistou 2.000 pessoas em todo o Brasil entre 1º e 5 de junho.

    (Reportagem de Anthony Boadle; Edição de Marguerita Choy)

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