Astronautas realizaram quase 3.000 experimentos na ISS

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Muitos não sabem, mas os astronautas não vão ao espaço apenas para ir. Eles vão ao espaço para conduzir experimentos científicos que requerem a mão humana. Muitos experimentos são feitos com robôs, mas nem todos podem ser feitos dessa forma. Desta forma, um astronauta realiza um trabalho muito importante – quase 3.000 experimentos na ISS.

Lançada ao espaço em 1998, a Estação Espacial Internacional (ISS) reuniu a força de países de todo o globo – com destaque, é claro, para os Estados Unidos e a Rússia, países que lideraram a grande Corrida Espacial. Em 2 de novembro de 2000, dois cosmonautas russos e um astronauta americano abrem a porta e entram na estação.

20 anos depois, o ISS permanece em serviço com ocupação contínua e, possivelmente, ainda servirá por longos anos. Com manutenção constante e as modernizações necessárias, a vida útil da estação é bastante longa, ao contrário das estações espaciais soviéticas e do laboratório americano Sky, que operou por um curto período de tempo. Além da ISS, a única estação que permaneceu em órbita por um tempo considerável foi a Estação Espacial Mir da Rússia, que operou entre 1986 e 2001.

Mas, como todos sabemos, unidade é força, e a ISS é um bom exemplo disso.

Papel essencial

A imagem abaixo é de uma pesquisa feita para uma matéria no braço de notícias da revista Nature. Os maiores destaques vêm do Canadá, da Agência Espacial Europeia (ESA), da Agência Espacial Japonesa (JAXA), da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA) e da Agência Espacial Russa (Roscosmos). Outros países também se aventuraram pela estação, mas com uma quantidade muito pequena de experimentos, como o Brasil, que teve oportunidade de maior participação, mas desperdiçou, como não é surpresa que sempre faz na área de ciências.

(Natureza).

As Agências Espaciais e Universidades equiparam a ISS com as mais altas tecnologias disponíveis, visto que estar no espaço é uma oportunidade imperdível. Existem vários experimentos impossíveis de realizar na Terra, desde áreas mais exatas, como física e geologia, até áreas mais voltadas para a saúde e ciências biológicas, como psicologia, biologia e biomedicina.

“É como pegar uma universidade de nível mundial inteira e reduzi-la ao tamanho de uma estação espacial”, Natureza Astronauta e bióloga da NASA Kate Rubins. Em 2016, Rubins passou 115 dias no espaço e, entre os experimentos, tornou-se a primeira pessoa a sequenciar DNA no espaço. Em 14 de outubro de 2020, ela voltou ao ISS e, no momento, permanece lá.

Apesar de ser bióloga, ela também realiza experimentos em outras áreas. Alguns dias atrás, ela conduziu um experimento que testou como gotículas de algum líquido interagem com uma superfície de microgravidade.

Técnicos e cobaias

No entanto, está claro que os astronautas não são especialistas em tudo. Afinal, 3.000 experimentos na ISS é muito para algumas centenas de astronautas. Cada astronauta vai ao espaço com suas missões específicas e recebe treinamento para realizá-las. Eles servem, para as universidades, como uma espécie de “técnico de laboratório”. Desta forma, os cientistas no terreno realizam a análise dos dados.

O astronauta Andrew Morgan realiza uma missão externa à ISS em 2019. (NASA).

Existem, é claro, outras funções para os astronautas. Muitos astronautas são engenheiros das mais diversas áreas, e mesmo aqueles que não o são, fazem um extenso curso para aprender minimamente os sistemas ali existentes. Por isso, além de realizar experimentos para as agências, os astronautas cuidam da manutenção e limpeza da ISS.

Além de ajudar na realização de experimentos, eles também brincam de cobaias. É preciso cuidar da saúde dos astronautas, e constantes experimentos analisam o efeitos do espaço nos cérebros dos astronautas, ossos, órgãos, sangue, etc. Lá eles ficam expostos a uma alta dose de radiação, além da microgravidade. Portanto, estudá-los permite novas missões à Lua, Marte e além. Não há limites para a criatividade humana.

Com informações de Nature News.

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