Fibrilação Atrial: Campanha clama pela importância da detecção e controle

A Semana de Conscientização sobre Fibrilação Atrial (FA) começa em 16 de novembro, a arritmia cardíaca mais comum em todo o mundo e responsável por 20 a 30% dos acidentes vasculares isquêmicos.

Para assinalar a data, a Fundação Portuguesa de Cardiologia associa-se à Atrial Fibrillation Association e Arrhytmia Alliance para divulgar a campanha global que, sob o lema “Detectar, Proteger, Corrigir e Melhorar”, visa incentivar a detecção da FA através da simples verificação do pulso. 30 segundos são suficientes.

Em Portugal, o papel de sensibilização e apoio a esta campanha cabe à Fundação Portuguesa de Cardiologia, para quem a detecção precoce e o controlo da FA são fundamentais. “O diagnóstico oportuno de Fibrilação Atrial pode ser fundamental na prevenção de complicações como acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, demência ou até morte súbita. Apesar de estar associada à redução da qualidade de vida e às internações, principalmente a partir de certa idade, essa arritmia pode ser controlada por meio do manejo de comportamentos, estilo de vida e medicamentos. Quanto mais cedo o detectarmos, maior será a probabilidade de controlá-lo. Daí a importância deste tipo de campanhas ”, explica Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

Fibrilação Atrial em Portugal

Os números não enganam – a partir dos 40 anos, a prevalência de fibrilhação auricular entre os portugueses ronda os 2,5%. Aos 65 anos, uma em cada dez pessoas terá desenvolvido esta arritmia.

Embora bastante prevalente, a maioria dos casos de fibrilação atrial é silenciosa. Só é detectado tarde demais e após deixar sequelas ou episódio grave, como é o caso de um AVC. A detecção e controle precoces dessa arritmia são, portanto, fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade de vida, principalmente em determinadas faixas etárias.

A partir dos 65 anos, devemos prestar especial atenção aos sinais nem sempre claros, como batimento cardíaco descoordenado, batimento cardíaco acelerado e irregular, tontura, desmaio, perda de conhecimento, dificuldade para respirar, cansaço, confusão ou aperto no peito.

É, portanto, aconselhável que, nessas idades, além do controle de parâmetros como peso, pressão arterial ou colesterol, a frequência cardíaca e a pulsação sejam avaliadas regularmente. Qualquer pessoa pode fazer isso, de forma simples, por meio da autoavaliação do pulso.

Prevenção de AVC

Uma vez que a fibrilação atrial é diagnosticada, o risco de acidente vascular cerebral pode ser significativamente reduzido por meio da terapia anticoagulante. Tal como na maior parte dos países europeus, em Portugal, o regulamento preconiza a administração dos Novos Anticoagulantes Orais, também designados por NOAC. Dependendo da prescrição, o medicamento pode ser tomado uma ou duas vezes ao dia.

O bom controle desta arritmia, e a conseqüente manutenção da qualidade de vida, também dependem do cumprimento escrupuloso da terapia. Todas as alterações devem ser validadas pelo médico assistente.

Imagem: Pexels (https://pixabay.com/pt)

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