TÓQUIO – Os organizadores dos Jogos Olímpicos estão empenhados em fazer da sustentabilidade uma prioridade nos Jogos de Tóquio para mostrar como países como o Japão – um dos principais emissores de carbono – podem trabalhar por um futuro mais verde.

Suas iniciativas incluem equipar a Vila Olímpica com camas de papelão reciclável, usando eletricidade de fontes renováveis ​​e minimizando o desperdício durante as competições.

Mas, como todos os grandes eventos globais, os Jogos inevitavelmente causarão um impacto no planeta. Aqui estão alguns pontos-chave a saber sobre o impacto ambiental:

2,73 milhões de toneladas de CO2

A última estimativa oficial da pegada de carbono dos Jogos de Tóquio – mais do que alguns países como Montenegro emitem em um ano.

Isso inclui 1,5 milhão de toneladas de CO2 que são gerados pela construção ou reforma de locais de eventos e outras infraestruturas.

No entanto, a proibição de espectadores estrangeiros para limitar o risco de infecção com o coronavírus não é levada em consideração.

Excluindo as emissões de viagens aéreas e acomodação, a pegada total deve diminuir em cerca de 340.000 toneladas de CO2, afirmam os organizadores.

Eles publicarão uma classificação final após o término dos jogos.

Compensação de carbono

O número já é inferior ao das Olimpíadas do Rio e de Londres, e Paris estabeleceu uma meta ainda mais ambiciosa de 1,5 milhão de toneladas para sediar os Jogos de 2024.

Os Jogos de Tóquio também planejam compensar sua pegada com a compra de créditos de carbono, que financiarão projetos locais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, equivalentes a cerca de 4,38 milhões de toneladas de CO2.

Mas esses programas são controversos. Os ativistas acusam o grande negócio de pagar por uma solução rápida em vez de tentar reformular suas operações, e alguns projetos de compensação fracassaram.

Eletricidade “renovável”

Os organizadores dos jogos têm como meta o uso de energia 100% renovável nos locais olímpicos durante o evento.

Mas apenas 30 a 35% dessa eletricidade virá diretamente de fontes verdes, principalmente solar e biocombustível, disse um porta-voz dos Jogos à AFP.

“Para locais que não podem obter eletricidade renovável de fornecedores de energia, vamos converter sua eletricidade não renovável em eletricidade renovável com a ajuda de certificados de eletricidade verde”, disseram os organizadores.

Esses créditos certificam que a mesma quantidade de energia limpa foi fornecida à rede elétrica do país ou que uma quantidade equivalente foi economizada com a reforma das casas de Tóquio para torná-las mais eficientes em termos de energia.

Reutilizar e reciclar

Os Jogos disseram que “continuam a trabalhar para garantir que 99% dos bens adquiridos para os Jogos sejam reutilizados ou reciclados”, alugando itens e vendendo itens recém-adquiridos sempre que possível.

O escopo dessa meta é limitado, porém, pois se refere principalmente a móveis para a Vila Olímpica e equipamentos de escritório e TI para operações de jogos.

Alguns móveis foram especialmente projetados para a reciclagem, como as camas da Vila Olímpica, feitas de papelão reforçado. As medalhas são feitas de eletrônicos de consumo reciclados e os pedestais são feitos de plástico velho.

Gestão de resíduos

Com os espectadores excluídos de quase todos os eventos dos Jogos – o primeiro a ser realizado quase inteiramente a portas fechadas – as montanhas de resíduos do consumidor, normalmente deixadas para trás por grandes multidões, são menos preocupantes.

Os organizadores têm como meta reaproveitar ou reciclar 65% dos resíduos gerados durante o evento.

Haverá lixeiras separadas para garrafas plásticas, latas, papéis, restos de alimentos nas instalações e na Vila Olímpica, sendo que o que não for devidamente separado será separado posteriormente.

Resíduos não recicláveis ​​são convertidos em energia por meio da incineração, dizem os organizadores, enquanto o papel é preferível ao plástico descartável sempre que possível, por exemplo, em cantinas.

By Carlos Henrique

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