O resultado significa que a cobertura facial é proibida em todos os locais públicos, incluindo na rua, em repartições públicas, no transporte público, em restaurantes, lojas e no campo.
As únicas exceções são locais de culto e outros locais sagrados. O forro facial também é permitido quando utilizado por motivos de saúde e segurança devido às condições climáticas e em situações em que seja considerado um “costume local”, como nos carnavais, de acordo com o texto da proposta publicada pelo Governo Federal.
Não haverá exceções adicionais, por exemplo para turistas, diz o documento do governo.
A proposta, apresentada por vários grupos, incluindo o Partido do Povo Suíço, de direita, não menciona especificamente o Islã, mas tem sido amplamente referida na mídia suíça como a “proibição da burca”.
Foi criticado por várias organizações religiosas suíças, grupos de direitos humanos e cívicos, bem como pelo governo federal. O Conselho Religioso Suíço, que representa todas as principais comunidades religiosas da Suíça, condenou a proposta no início deste ano e enfatizou que o direito humano à liberdade religiosa também protege as práticas religiosas, como o código de vestimenta.
O Conselho Federal Suíço, que atua como o governo federal do país, e o Parlamento suíço também rejeitaram a iniciativa por ir longe demais e aconselharam as pessoas a votarem contra, de acordo com documentos do governo. Os dois órgãos apresentaram uma contraproposta à proibição exigindo que as pessoas removessem qualquer cobertura facial e mostrassem seus rostos à polícia ou a outros oficiais, se necessário, para fins de identificação.
O referendo de domingo foi o culminar de debates plurianuais sobre o assunto e ocorre 12 anos depois que outro referendo proibiu a construção de minaretes no país. De acordo com o site do governo federal, dois cantões suíços – St. Gallen e Ticino – já proibiram a cobertura facial no passado. Em vários outros cantões, a cobertura facial só é proibida durante os protestos.
A Amnistia Internacional criticou o resultado da votação como “anti-muçulmano”. “Os eleitores suíços voltaram a aprovar uma iniciativa que discrimina uma comunidade religiosa em particular e desperta desnecessariamente a divisão e o medo”, disse o grupo em comunicado no domingo.
Arnaud Siad, da CNN, contribuiu para a cobertura.
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