Pelo segundo dia consecutivo, a distribuição de cestas básicas é interrompida por tiroteios no Rio de Janeiro. Nesta tarde, os moradores do Morro da Providência, uma comunidade da região central, se viram no meio de um conflito que terminou com um homem morto pela Polícia Militar.
Ontem, voluntários da Cidade de Deus tiveram que se proteger dos tiroteios, enquanto entregavam comida em uma ação social, na qual o jovem de 18 anos morreu.
O professor de sociologia Pedro Guilherme Freire diz que estava planejado entregar hoje 50 cestas básicas em frente à Escola Estadual Reverendo Hugh Clarence Tucker, onde leciona.
Quando ele começou a escola, ele relatou que alguns veículos da Polícia Militar haviam chegado. “Houve o primeiro tiro. Eles saíram do veículo com capuz e espingarda de todos os lados. Havia muitas pessoas para receber a cesta, incluindo as crianças”, disse ele. Twitter.
As cestas foram entregues como parte da campanha que ele iniciou Guilda Aluno e professor de uma escola pública em parceria com o machado de Assis, pré-falência, localizado em Providencia. No entanto, novas gravações foram gravadas.
“Foi quando houve outro tiroteio e o garoto foi morto. Houve um grande grito, outro tiroteio. Vimos de cima, vimos esse prédio onde moravam as famílias expulsas de Providência, quando o teleférico foi construído. “Vi o garoto jogado dentro do veículo, eles colocaram um lençol nele”, lembra ele.
Segundo testemunhas, um trabalhador informal de barraca, identificado como Rodrigo, estava no set. Os moradores tentaram impedir a polícia militar de colocar o garoto ferido no carro porque acreditavam que ele ainda estava vivo, mas foram parados.
A polícia militar apresenta uma versão diferente. Segundo a assessoria de imprensa, equipes da Unidade de Polícia do Pacífico Providencia patrulhavam a Rua Rivadavia Correa em Santo Cristo e foram supostamente baleadas por criminosos.
No entanto, segundo o primeiro-ministro, houve um conflito e o suspeito foi atingido, levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde não ofereceu resistência. Com ele, a Polícia Militar disse que apreendeu uma pistola de 9 mm, uma revista equipada e drogas. A corporação continua dizendo que precisou usar “armas de menor potencial ofensivo” porque os moradores tentavam investir dinheiro contra a polícia durante o resgate.
Questionada se o garoto morto tinha alguma acusação criminal, a Polícia Militar respondeu que a capital da polícia pelos assassinatos estava encarregada de identificá-lo, o que investigaria o caso. A polícia civil não retornou o contato até que o assunto fosse concluído.
O Observatório de Segurança questiona a ação policial
Um estudo do Observatório de Segurança do Rio de Janeiro, divulgado nesta tarde, aponta que as ações policiais caíram no início de medidas restritivas contra o Covid-19, mas “mas logo se concentraram em operações violentas e mortais”, diz ele. documento.
De acordo com o Observatório de Segurança, o número de operações diminuiu em março (76,9% em relação a março de 2019), mas aumentou 28% em abril em relação ao mesmo período do ano passado, com um salto de 58% no número de operações. mortes. Entre maio e 19, houve 16,7% a mais de mortes do que no mesmo período de 2019. Nos três meses de quarentena, houve 120 operações com 69 mortes contra 36 ações de combate. coronavírus.
“Não é possível que a polícia não possa agir sem causar tanta dor e morte. O governador Wilson Witzel é responsável pela falta de controle da polícia, que comete erros diários e aumenta tragédias. O que o governador faz?”, Pergunta o Observatório de Segurança Pública.
O governador também foi criticado por voluntários da frente da Cidade de Deus, cujas cestas foram paradas na quarta-feira. “Tentando fazer o que o estado não faz, e isso é pegar comida, pegar o que está faltando. O estado aqui leva apenas isso: uma bala. A única coisa que temos é uma bala dentro da favela”, criticou um dos voluntários em um vídeo que circula nas mídias sociais.
O professor Pedro Guilherme Freire, que hoje tomou medidas sociais em Providência, também se arrependeu. “Enquanto a comunidade escolar, os vestibulares constituem uma ação de solidariedade, o primeiro-ministro está fazendo uma ação completamente absurda”, criticou. A campanha da Providência compartilhou 250 cestas desde o início da pandemia.