Recordista Wandia defende título de corrida de obstáculos no Brasil: o esporte padrão
Foi mais uma conquista de medalhas para o país, já que o capitão Lucas Wandia deu o exemplo e defendeu com sucesso o título de obstáculos masculino aqui no Brasil na manhã de ontem.
Seu compatriota Peter Omari Kokobi conquistou o bronze atrás de Alexander Bley, da Alemanha, na cansativa corrida na pista do Sesi Centro Esportivo, na cidade de Caxias do Sul.
Na corrida de obstáculos feminina, Ann Wangeci Njoki terminou em terceiro atrás de Sara Elise Ruokonen da Finlândia e Emily Wilson da Alemanha para levar o bronze, elevando a contagem de medalhas do Quênia para 14º.
“Quero agradecer ao técnico Samuel Kibet por me equipar com táticas que tornaram a corrida tão fácil”, disse Wandia, que liderou da luz (eles não usam armas) para a fita, à Standard Sports.
“Tínhamos planejado terminar em 1,2,3, mas infelizmente um de nós, Jacob Kibet, se machucou, o que o levou a lutar na corrida.
Ele continuou: “A competição foi fácil para mim também por causa do treinamento adequado que tive no acampamento de Nairóbi, o que me ajudou a melhorar minha velocidade.
“Também somos gratos pelo apoio do governo, pois todas as nossas necessidades foram atendidas, permitindo que nos concentremos em uma coisa apenas, treinando para os campeonatos”.
O recordista dos Deaflympics comandou a equipe do Quênia por uma década.
Apesar de ser de Kiambu, Wandia começou seu treinamento de atletismo no complexo Baba Dogo em Nairóbi na categoria 1.500m antes de ser vinculado às Forças de Defesa do Quênia (KDF) pelo técnico Kibet.
Wandia vem treinando com as forças armadas na Floresta de Ngong desde 2013.
Enquanto estava no exército, Wandia foi apresentado a vários programas que o construíram física e mentalmente em sua carreira.
“Treinar com o KDF me ajudou a ficar afiado e focado, ao contrário de quando eu estava fazendo tudo sozinho em Baba Dogo”, disse ele.
“Os militares também me deram refeições e moradia gratuitas para que eu pudesse me concentrar apenas no atletismo.”
Estreando nos Deaflympics de 2013 em Sofia, Bulgária, o pai de quatro filhos, de 37 anos, disse que não tinha confiança, mas sua forma física lhe rendeu a medalha de prata na categoria.
Ele foi para casa, treinou duro com a KDF, construiu sua auto-estima e estava em brasa quando voltou aos Jogos de 2017 em Samsun, na Turquia, onde não apenas conquistou sua primeira medalha de ouro, mas também quebrou o recorde anterior da disciplina.
Antes de seu acampamento no Estádio Kasarani antes de partir para o Brasil, Wandia treinou intensamente em Ngong com as forças para construir resistência e força para a corrida.
Ele sente que atingiu o pico de sua carreira e agora está focado em diminuir seu recorde.
“Meu objetivo agora é quebrar meu próprio recorde para obter mais reconhecimento na disciplina em todo o mundo”, disse Wandia.
Além de ser duas vezes campeã e recordista dos Surdolímpicos, a condecorada Wandia também ganhou medalhas de ouro e bronze nos Campeonatos Mundiais de Surdos na Bulgária (2016) e na Polônia (2021), respectivamente.