O estado de emergência português deverá durar até maio, afirma o presidente

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    Prevê-se que o estado de emergência em Portugal persista até Maio, de forma a legitimar todas as restrições existentes na vida quotidiana e na actividade empresarial.

    Foi esta a mensagem que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu ontem durante uma visita a uma escola primária em Lisboa.

    Entre as sessões de fotos com as crianças, o chefe de Estado conseguiu transmitir algumas mensagens políticas bastante tensas – entre elas, que a Europa deve “se recompor” e agir como adulta.

    “A Europa não pode ser um reino de egoísmo”, disse, referindo-se ao caótico processo de vacinação orquestrado pelo bloco.

    Até agora, disse ele, “ele tem que reconhecer” que a vacinação “não foi bem na Europa”.

    Marcelo apontou deficiências no fornecimento, fabricação e entrega de medicamentos que levaram ao descumprimento de contratos, destacando que o segundo trimestre deste ano “precisa se recuperar do que não foi possível no primeiro trimestre”.

    A farsa em que a vacina AstraZeneca foi suspensa em diversos países na semana passada era, em sua opinião, totalmente evitável.

    Não deveria caber a cada país decidir se suspende ou não uma vacina. “Teria sido preferível” para a Europa “como um todo” encaminhar suas preocupações (como em última instância) a uma agência de referência (neste caso, a Agência Europeia de Medicamentos), que quase imediatamente declarou a vacina “segura e eficaz”.

    Em outras palavras, a UE deveria ter agido como um “sindicato e não uma soma de egoísmo”, disse ele.

    Esse era o tipo de mensagem que só poderia ser transmitida em um “ambiente descontraído”. Tirá-lo de um pódio teria sido muito mais “agressivo” de alguma forma.

    Do jeito que estava, com crianças gritando ao fundo, foi uma maneira tranquila de “consertar o disco” e continuar com o trabalho.

    Em resposta ao comentário um tanto bizarro do comissário Thierry Breton de que gostaria de acreditar que a Europa poderia alcançar imunidade coletiva até o Dia da Bastilha (14 de julho), Macelo disse que as metas de Portugal permanecem inalteradas – 70% da população deve ser vacinada até setembro.

    “Esse é o objetivo básico. E para que seja possível, precisamos de vacinas e o ritmo de vacinação tem que ser intenso. “

    O noticiário da noite de ontem foi repleto de planos do governo para intensificar a adoção de Portugal a partir deste fim de semana. Campanhas de vacinação em massa foram programadas conforme mais partos chegam ao país.

    A vacina Johnson & Johnson / Janssen chegará em abril (1,25 milhão de doses). Esta será uma “virada de jogo” para Portugal, pois é um golpe de um tiro e ajudará as autoridades a “recuperar” o tempo perdido.

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