O Algarve tem 8 dos 10 municípios com maior percentagem de residentes estrangeiros
Oito dos dez municípios do país com maior proporção de estrangeiros no total da sua população residente são algarvios. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, pela Pordata, para marcar o Dia Internacional da Migração, que marca o dia 18 de dezembro.
Vila do Bispo, Albufeira, Lagos, Aljezur, Tavira, Loulé, Lagoa e Portimão são concelhos algarvios que fazem parte deste “top 10”, que inclui também os concelhos de Odemira e Lisboa.
No concelho de Vila do Bispo, 37,4% da população residente, em 2019, tinha nacionalidade estrangeira. Segue-se Albufeira com 35,8%.
Em terceiro lugar entre os municípios do país com maior percentagem de estrangeiros, aparece Odemira. No concelho do Litoral Alentejano, 33,1% da população com estatuto de residente legal é estrangeira, nomeadamente de países como Nepal, Índia ou Bangladesh. Uma realidade que o Informação do Sul já documentado em relatórios.
Lagos vem em quarto lugar, com 32,1% de residentes estrangeiros, e Aljezur, em quinto, com 29,2%.
Em Tavira e Loulé, um em cada quatro residentes não nasceu em Portugal. Tavira tem uma taxa de população estrangeira de 25,5% e Loulé 25,4%.
Com 21% de residentes estrangeiros, na oitava posição, surge o concelho da Lagoa, seguido de Lisboa, com 19,3% de população estrangeira.
A fechar o “top 10”, mais um concelho do Algarve: Portimão, com 18,4%. Apesar disso, como o Informação do Sul percebi neste infográfico, a porcentagem da população estrangeira diminuiu significativamente entre 2010 e 2018.
Os dados Pordata divulgados esta sexta-feira, Dia Internacional das Migrações, mostram ainda que, face ao total nacional, 15,7% dos estrangeiros residentes em Portugal vivem no Algarve – muitos deles já reformados – e que apenas 3% da população empregada em Portugal é estrangeiro.
Pordata dá como exemplo o caso do Luxemburgo, onde 54% da população empregada é estrangeira.
Ainda de acordo com os dados da base de dados estatística da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a população estrangeira é mais vulnerável ao desemprego. Em 2019, a taxa de desemprego atingiu quase 12% da população ativa estrangeira e 6% da população ativa nacional.
Nos últimos dez anos, segundo Pordata, “as comunidades estrangeiras que mais cresceram, em termos relativos, foram: Nepalês (25 vezes mais, embora a comunidade não ultrapasse 17 mil cidadãos), Italiana (6 vezes mais) e Francesa (cinco vezes mais). A comunidade indiana triplicou, enquanto as comunidades espanhola, chinesa e britânica duplicaram ».
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