Morreu o jornalista Pedro Camacho, ex-director adjunto do PÚBLICO | pressione

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    O jornalista Pedro Camacho, que foi realizador e redator em diversos meios de comunicação (Lusa, Visão, PÚBLICO e Notícias diárias), faleceu este sábado, após cinco semanas de internamento no Hospital de Cascais, devido ao novo coronavírus. De acordo com o jornal Expressar, não resistiu às complicações de covid-19, agravadas por duas infecções causadas por bactérias hospitalares.

    Pedro Camacho, de 59 anos, era coordenador e editor de economia da Notícias diárias, entre julho de 1991 e julho de 1996, mês em que ingressou no PÚBLICO, onde foi editor da secção de economia e posteriormente membro do conselho editorial, como vice-diretor. Em janeiro de 2001 ele ingressou na revista Visão, do grupo Impresa, onde foi Vice-Diretor, Diretor de Informação e editor até agosto de 2015. No mesmo ano de 2015, em outubro, foi nomeado diretor de informação da agência Lusa, cargo que ocupou até outubro de 2018. Posteriormente, ainda na Lusa, passou a ser diretor de inovação e novos projetos, onde ficou até agora.

    Nascido no Funchal, na ilha da Madeira, a 29 de julho de 1961, Pedro Camacho residia na Parede e era irmão do ex-jornalista da SIC Paulo Camacho, também jornalista e escritor Francisco Camacho e também filho de jornalistas: Rui Camacho, ex-patrão redator agência ANOP (antecessora da atual Lusa) e também professor, falecido a 5 de agosto de 2014; e Helena Marques, jornalista e escritora falecida no último dia 20 de outubro, aos 85 anos, vítima de covid-19.

    Um dos seus irmãos, Francisco Camacho, disse ao PÚBLICO que Pedro “era uma pessoa muito cuidadosa com os cobiçosos, porque tinha enfisema pulmonar”. Esteve recentemente numa casa do Alentejo, a trabalhar à distância, e quando a mãe morreu disse aos irmãos que não se sentia bem, que podia ser gripe mas também podia estar disfarçado, e não foi ao funeral porque se esta última hipótese fosse verdadeira, eu não queria correr o risco de pegar alguém.

    Um dia depois, ele foi ao hospital, voltou para casa, mas acabou tendo que ir ao hospital novamente. Ficou algum tempo na enfermaria, mas depois foi para a UTI, onde estava há duas semanas quando morreu, neste sábado, no início da tarde. Ainda não há indicações quanto ao local e dia do funeral, bem como do funeral.

    Marcelo destaca “brilhante carreira” do jornalista

    No entanto, o Presidente da República publicou nota para lamentar a morte de Pedro Camacho, sublinhando a “longa e brilhante carreira” do jornalista.

    “Pedro Camacho deixa a sua marca nos meios de comunicação portugueses e também deixa memórias de competência, camaradagem e profunda perspicácia com os seus leitores e companheiros de profissão”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, que recordou o facto de Camacho pertencer a uma família que “ficou famoso pela escrita e jornalismo, ao qual o Presidente da República lhe deixa um abraço de amizade e as suas condolências ”.

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