Lula tem dois dígitos de vantagem sobre Bolsonaro: Pesquisa |  Notícias sobre as eleições

O ex-presidente de esquerda tem 46% de apoio, em comparação com 32% do atual presidente Jair Bolsonaro, segundo uma nova pesquisa.

O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, que está competindo para destituir Jair Bolsonaro nas eleições de outubro, recuperou uma vantagem de dois dígitos sobre o líder de extrema-direita, de acordo com uma nova pesquisa.

A pesquisa divulgada segunda-feira pelo Instituto FSB descobriu que 46% dos eleitores disseram apoiar Lula, acima dos 41% em abril, enquanto o apoio a Bolsonaro ficou estável em 32% em relação ao mês anterior.

O diretor do FSB, Marcelo Tokarski, disse que Bolsonaro ganhou terreno em abril depois que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro se demitiu, mas Lula viu um salto depois que João Doria, o ex-governador do estado de São Paulo, concorreu como o candidato de centro-direita que jogou a toalha na semana passada.

“O aumento da inflação, mas, mais importante, a expectativa da maioria dos eleitores de que os preços continuarão subindo nos próximos três meses, tem sido um obstáculo para os planos de reeleição de Bolsonaro”, disse Tokarski.

Jair Bolsonaro
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro está enfrentando uma queda de popularidade em meio à crise do coronavírus [File: Guga Matos/Reuters]

Bolsonaro, um nacionalista pró-armas, está enfrentando um crescente descontentamento público com o tratamento da pandemia de coronavírus e está tentando promover a mineração na Amazônia, enquanto a alta inflação e os preços crescentes dos combustíveis também prejudicaram sua popularidade.

Bolsonaro, que assumiu o cargo em 2019, também levantou preocupações sobre seus ataques ao sistema de votação eletrônica do país. Ele insistiu, sem provas, que o sistema é propenso a fraudes, uma alegação rejeitada por especialistas em justiça que dizem que ele estava tentando lançar dúvidas antes da votação de 2022 para contestar os resultados.

No início de maio, um grupo de 80 advogados e juristas apelou ao Relator Especial das Nações Unidas para visitar o Brasil e relatar os ataques do governo ao Supremo Tribunal Federal e ao Supremo Tribunal Eleitoral, que supervisiona as eleições.

Enquanto isso, Lula procurou ampliar sua coalizão política antes da eleição de outubro, nomeando o centrista Geraldo Alckmin como seu companheiro de chapa.

O homem de 76 anos do Partido Trabalhista de esquerda já foi perseguido por um escândalo de corrupção e prisão, mas um juiz anulou sua condenação no ano passado, abrindo a porta para a reeleição.

De acordo com a pesquisa de segunda-feira, Lula ganharia 54 por cento dos votos e Bolsonaro 35 por cento em um segundo turno esperado entre os dois rivais, uma margem de 19 pontos que Lula obteve em março.

A pesquisa, patrocinada pelo banco de investimentos BT, mostrou que a eleição do Brasil está mais polarizada do que nunca, com alternativas centristas a Lula e Bolsonaro recebendo apenas 13% do apoio dos eleitores, ante 17% em abril e 24% em março.

As taxas de rejeição para Lula e Bolsonaro permanecem praticamente inalteradas, com 43% dos eleitores dizendo que nunca votariam em Lula e 59% dizendo que nunca votariam no titular de extrema direita.

Na semana passada, uma pesquisa do Datafolha mostrou que Lula recebeu 48% de apoio, contra 27% de Bolsonaro.

“Esses números são uma ótima notícia para a campanha de Lula. Bolsonaro agora tem que tirar um coelho da cartola”, disse à Reuters o analista político André Cesar, da consultoria de risco Hold Assessoria.

By Carlos Eduardo

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