iOS 14 é anunciado; confira todas as novidades

Apresentando nesta segunda-feira (22) seu novo iOS 14, o sistema operacional que deve chegar em setembro, a Apple concentrou-se muito em recursos que ajudarão a corrigir a “zona” dos aplicativos para iPhone, mas algumas das notícias mais doces acabaram sendo “escondidas” no caso.

A empresa iniciou a apresentação da WWDC 2020, discutindo como repensar a tela principal do telefone e como você deseja limpar essa bagunça de aplicativos. Vamos ser sinceros: nada muito bombástico.

Se lembrarmos que, com o iOS 11, tivemos a introdução de um “centro de controle” que realmente mudou nossos telefones e que, no ano passado, vencemos no tão esperado “modo escuro” do iOS 13, a organização de aplicativos não funciona tão fortemente. O iOS 14 parece mais com o iOS 12 devido à falta de notícias.

Pior: para variar, a maioria dos principais recursos destacados pela empresa apareceu pela primeira vez no Android e agora está migrando para o iOS, mostrando uma tendência para a Apple perder seu espírito pioneiro nos últimos anos – independentemente das notícias de hardware ou software.

Bem, pelo menos continua apostando na longevidade do que produz: o novo sistema será válido mesmo para quem comprou o iPhone iPhone 6S, um dispositivo lançado em 2015. Pelo menos mostra respeito pelo usuário. Muitos outros fabricantes param de atualizar apenas alguns anos após o lançamento do dispositivo.

Apesar disso, recursos como “App Library” e “Widgets” que ganharam a importância mais proeminente não resistem a muita emoção. A biblioteca de aplicativos será usada para empilhar várias páginas de aplicativos gratuitos por telefone celular, mas o exemplo foi algo quase irreal: um telefone celular com sete páginas de aplicativos soltos, sem nenhuma pasta.

Essas notícias devem afetar pessoas mais desorganizadas, mas não mudam nada para quem tem o hábito de criar pastas e adicionar aplicativos a elas logo após o download. É, obviamente, um recurso válido e útil, mas é usado em vários casos.

Os widgets, não posso negar, eram muito bonitos no iPhone. É claro, no entanto, que eles são uma cópia boba do Android. E quando uso o sistema do Google, raramente adiciono esses widgets, com exceção dos widgets climáticos. A Apple também não evitou se tornar uma piada, e os internautas comparam “novos widgets” aos telefones Nokia há mais de uma década. “Pense de maneira diferente”, ele retarda o tweet abaixo, citando a frase da empresa.

Por esse parâmetro, tudo parecia um pouco sem sal. Mas os desenvolvedores podem gostar: um, nosso blogueiro Guilherme Rambo, já está experimentando e apenas os aplicativos mais usados ​​com widgets preferidos permanecem na tela principal.

Notícias úteis ocultas

Após a apresentação precipitada da Apple, pudemos ver com calma o que mais aguarda no novo iOS. Algumas das principais inovações passaram despercebidas ou não foram mencionadas, e esses são detalhes com mais potencial para realmente mudar a vida de um usuário.

Por exemplo, você, um usuário do iPhone, finalmente não precisará parar de usar o telefone quando receber uma chamada, se quiser ignorá-la. A chamada agora aparecerá na tela como uma notificação na parte superior e você poderá aceitar, rejeitar ou simplesmente ignorá-la – um recurso que existe na maioria dos telefones Android há anos. Até agora, a chamada ocupou toda a tela do iPhone e não foi possível ignorá-la sem responder ou rejeitar.

Talvez a Apple não tenha enfatizado muito isso por causa do atraso em trazer algo tão básico e simples. O mesmo se aplica à Siri: agora ela não assume mais a tela inteira quando ativada, apenas aparece como um ícone na tela.

Outra novidade que alguns notaram é que o iOS 14 finalmente permitirá que você procure por emojis no teclado. Atualmente, oferece sugestões com base no que você digita, mas na verdade não permite a pesquisa.

Guilherme Rambo também percebeu um detalhe que faz a diferença. Agora, o ponto verde na parte superior da tela, ao lado do ícone da bateria, notificará você se a câmera do telefone estiver ligada, como já acontece com os computadores Apple. Parece bobo, mas ótimo para privacidade e segurança do usuário.

Outro recurso mostra um desvio da estratégia da Apple de priorizar aplicativos: obviamente, no iOS 14, poderemos selecionar aplicativos e navegadores de email de terceiros como “padrões”, como Outlook, Google Chrome e outros. A Apple nem falou sobre isso na apresentação.

Bem, eles apontaram algo ótimo: a capacidade de assistir a vídeos de fundo no iOS, que já estão presentes no Android, é muito agradável. Isso mostra que a Apple abraçou de uma vez por todas as inúmeras possibilidades criadas pela crescente tela de telefones celulares.

O aplicativo Clips promete

Outra notícia interessante sobre a qual a Apple colocou uma ênfase de três minutos – apesar de jogar lá até o final da apresentação do iOS – foi o App Clips. Esse recurso permitirá que você use os recursos do aplicativo sem precisar fazer o download do aplicativo inteiro.

Em 2017, o Google lançou o Instant App, um recurso destinado a celulares desordenados (geralmente os mais baratos e com menos memória), onde era possível usar os recursos do aplicativo sem a necessidade de fazer o download. Anos depois, ele não pegou o Android, mas agora a Apple tem algo parecido.

Como a Apple até brincou em sua apresentação, “existe um aplicativo para todos”. E quantas vezes tivemos que usar um aplicativo, registrar-se, usar um recurso necessário no momento e excluí-lo ou deixá-lo abandonado em nosso telefone celular?

O aplicativo Instant não funcionou até agora, talvez devido à falta de suporte do Google, que não ampliou o recurso para seus desenvolvedores. Se a Apple empurra, quem sabe?

Vale lembrar, no entanto, que o relacionamento da Apple com seus desenvolvedores é tortuoso: ao mesmo tempo em que reclamam das altas taxas da App Store, eles também sabem que o reembolso de aplicativos para iPhone é maior que o do Android, apesar do Google ter mais usuários.

O App Clips tem algumas boas idéias, como a capacidade de fazer login via Apple sem preencher um registro e até pagar via Apple Pay. Se o Instant App foi projetado devido à falta de espaço em um telefone móvel, os App Clips são compatíveis com a funcionalidade – mesmo porque o espaço não é um problema para os usuários do iPhone. Resta saber se ele será “pego”.

E a tecnologia pós-Covid?

Como vivemos em um “novo estado normal” que precisa lidar com uma pandemia, a Apple deveria introduzir tecnologias que ajudarão a lidar com a doença. Por outro lado, o que aconteceu foram tecnologias redundantes que se tornaram uma piada.

Na apresentação, a empresa mostrou, por exemplo, que o Apple Watch perceberá quando você lava a mão (e até mesmo quando você pega sabão) para contar o tempo de lavagem e que agora você pode colocar uma máscara no seu Memoji.

Nada tão novo que poderia ajudar a combater uma pandemia. Resta aguardar a apresentação dos produtos físicos da Apple para ver se algo vai mudar para facilitar o tratamento da doença – há especulações sobre o medidor de temperatura e o oxímetro embutidos no telefone.

Vale ressaltar que a Apple não esperou que a WWDC alterasse seu software para combater o coronavírus: tanto a Apple quanto o Google atualizaram seu sistema há alguns meses com tecnologias que ajudam a rastrear infecções por bluetooth. Nesse ponto, era algo louvável que as empresas nos trouxessem algo urgente.

By Carlos Eduardo

"Fã de música. Geek de cerveja. Amante da web. Cai muito. Nerd de café. Viciado em viagens."

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *