[1/2]O ex-presidente brasileiro Michel Temer fala durante uma conferência em Lisboa, Portugal, 3 de fevereiro de 2023. REUTERS/Rodrigo Antunes/Foto de arquivo
30 DE JUNHO (Reuters) – O Google (togetL.o) contratou o ex-presidente brasileiro Michel Temer para fazer lobby com legisladores que consideram uma proposta para regulamentar a internet, disse seu assessor nesta sexta-feira.
A legislação proposta, também conhecida como “fake news bill”, imporia obrigações às empresas de internet, mecanismos de busca e serviços de mensagens sociais de encontrar e denunciar material ilegal, e enfrentar pesadas multas por não fazê-lo.
O projeto de lei levantou preocupações entre as empresas de tecnologia, e algumas fizeram campanha em suas plataformas para evitá-lo.
Quase dois meses atrás, o tribunal superior do país sul-americano ordenou uma investigação sobre os executivos dos serviços de mensagens sociais Telegram e Google, que lideraram uma campanha criticando a regra proposta.
O jornal local Folha de São Paulo noticiou inicialmente que Temer havia confirmado que trabalhava como “intermediário” entre a empresa e os legisladores há cerca de três semanas.
O assessor de Temer disse que o ex-presidente foi contratado pela empresa para intermediar propostas e negociações com o parlamento brasileiro.
Temer negou que a Folha tenha conversado com ministros do STF, mas o jornal informou que ele se reuniu com o parlamentar Orlando Silva, que supervisiona a legislação da internet, para discutir partes do projeto.
O Supremo Tribunal Federal provavelmente julgará dois recursos que podem flexibilizar a legislação da internet. A decisão estava marcada para junho, mas foi adiada, segundo a Folha.
Em comunicado, o Google informou que está contratando agências e consultores especializados para “facilitar os esforços de diálogo com o poder público” para que a empresa possa fornecer subsídios a políticos e parlamentares, “principalmente em questões importantes e técnicas, como a elaboração de uma nova legislação”. “. “
Reportagem da redação brasileira; escrito por Carolina Pulice; Editado por David Alire Garcia, David Gregorio e Diane Craft
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