Essa é uma das conclusões da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com base nos resultados que alunos de 15 anos obtêm nos testes PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) desde 2010.

Na última década, o gasto médio por aluno nos países da OCDE aumentou mais de 15%, mas esse investimento não se traduziu em grandes melhorias no desempenho escolar, revela o relatório divulgado hoje.

A única exceção é Portugal. O país se destaca por ser o único país da OCDE que tem conseguido que seus alunos “aprimorem significativamente” seus conhecimentos ao longo dos anos em Leitura, Matemática e Ciências.

Os resultados foram divulgados hoje na publicação “Políticas Efetivas, Escolas de Sucesso”, que constitui o quinto e último volume da série PISA 2018, que agrega dados de 79 países e economias.

Nesta comparação entre o dinheiro investido e os resultados acadêmicos, o secretário-geral da OCDE, Angek Gurría, também chama a atenção para o caso de sucesso registrado em quatro províncias da China: Pequim, Xangai, Jiansgsu e Zheijiang.

Os alunos chineses obtiveram melhores resultados em Matemática e Ciências, quando comparados com os demais alunos dos outros 78 sistemas de ensino analisados.

Além disso, em uma análise comparativa entre alunos de diferentes origens socioeconômicas, os chineses mais necessitados conseguiram obter melhores resultados do que a média dos alunos da OCDE.

O grupo de 10% de alunos chineses desfavorecidos está no mesmo nível de desempenho que o grupo de 10% de alunos desfavorecidos em alguns países da OCDE.

Essas quatro províncias do leste da China “estão longe de representar a China como um todo”, mas cada uma pode ser comparada em termos de tamanho a um país típico da OCDE, lembra Angel Gurría.

Nessas quatro províncias vivem cerca de 180 milhões de habitantes. “O que torna sua conquista mais notável é que o nível de renda dessas quatro regiões chinesas está abaixo da média da OCDE”, frisa o diretor-geral, argumentando que “a qualidade de suas escolas hoje contribuirá para o fortalecimento de suas economias amanhã”.

By Carlos Eduardo

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