CNN
—
Manifestantes invadiram a cerca ao redor da embaixada sueca em Bagdá na quinta-feira, um dia depois que um manifestante na Suécia queimou uma cópia do Alcorão.
Os protestos na capital iraquiana foram ordenados pelo poderoso clérigo xiita iraquiano Muqtada al-Sadr, que também pediu a expulsão do embaixador da Suécia em Bagdá.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram alguns manifestantes escalando um muro barricado em frente à embaixada. Não está claro o quão longe eles avançaram no prédio antes de recuar.
A Suécia disse que seus funcionários estão seguros. “Estamos bem informados sobre a situação. Nossa equipe da embaixada está segura e o Ministério das Relações Exteriores está em contato regular com eles”, disse a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Suécia à CNN em um e-mail.
Uma fonte de segurança iraquiana confirmou à CNN que o incidente acabou. A agência de notícias AFP informou que os manifestantes permaneceram no local por cerca de 15 minutos.
Os protestos em Bagdá seguiram-se a um incidente na capital sueca, Estocolmo, na quarta-feira, no qual um homem queimou uma cópia do livro sagrado do Islã do lado de fora de uma mesquita. Imagens do evento mostraram que ele era a única pessoa além de seu tradutor na manifestação, que coincidiu com o feriado muçulmano de Eid-al-Adha, um dos mais significativos do calendário islâmico.
Al Sadr pediu às autoridades que retirem a cidadania iraquiana de Salwan Momika, o organizador do protesto individual contra o Alcorão em Estocolmo, que emigrou do Iraque para a Suécia há cinco anos.
“Se o Iraque e o mundo têm liberdade de expressão garantida, os crentes devem expressar suas opiniões sobre a queima dos livros sagrados… por meio de protestos irados massivos contra a embaixada sueca no Iraque”, disse Al Sadr.
Países muçulmanos e organizações islâmicas condenaram a queima do Alcorão em Estocolmo. O Irã chamou o ato de “provocativo” e o Kuwait disse que foi um “movimento provocativo perigoso”.
A Organização para a Cooperação Islâmica [OIC]a Liga Árabe e o Conselho de Cooperação do Golfo expressaram separadamente sua forte condenação ao evento.
Na quarta-feira, o Marrocos chamou de volta seu embaixador na Suécia e tanto o Iraque quanto a Arábia Saudita condenaram veementemente o ato. Na quinta-feira, os Emirados Árabes Unidos convocaram o embaixador sueco em Abu Dhabi para protestar contra a queima do Alcorão, informou a agência de notícias estatal dos Emirados Árabes Unidos, WAM.
No início deste ano, manifestantes iraquianos e forças de segurança entraram em confronto do lado de fora da embaixada sueca em meio a outro incidente de queima do Alcorão em Estocolmo no início de janeiro deste ano.

“Fã de música. Geek de cerveja. Amante da web. Cai muito. Nerd de café. Viciado em viagens.”