Cerca de 66,1 mil crianças foram vacinadas contra a poliomielite até o momento em Mato Grosso. O número corresponde a 32% do público-alvo, que é de 205,9 mil meninos e meninas de um ano a menores de 5 anos em todo o estado. No Brasil, cerca de 7 milhões de crianças ainda não foram vacinadas contra a paralisia infantil. Em nível nacional, da população-alvo estimada em 11,2 milhões, apenas 4 milhões (20,31%) foram imunizados contra a poliomielite ou paralisia infantil.

Os dados são do Ministério da Saúde (MS), que lançou o conceito “Movimento vacina Brasil. É mais proteção para todos ”, no dia 5 de outubro. A ação termina no final do mês, em simultâneo com a campanha multivacinação, que visa atualizar a situação vacinal de crianças e adolescentes com menos de 15 anos. Nesta última iniciativa, são oferecidas todas as vacinas do calendário nacional de vacinação.

Agora, de acordo com o Ministério da Saúde, a recomendação aos estados que não atingirem a meta é a continuidade da vacinação de rotina, oferecida ao longo do ano nos 42 mil postos de saúde de todo o país. “O Brasil reafirma o compromisso internacional assumido de manter o país livre da poliomielite, com a realização da campanha nacional de vacinação, que vai até o final de outubro. No entanto, a cobertura vacinal municipal ainda é heterogênea, o que pode levar à formação de bolsões de não vacinados, possibilitando a reintrodução do poliovírus ”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, por meio da assessoria de imprensa.

Ele explica que, para ter o esquema vacinal completo, as crianças devem ser imunizadas com quatro doses, administradas aos dois e quatro e seis meses de idade e mais dois reforços, aos 15 meses e quatro anos. Depois disso, a criança deve ir aos postos de saúde para tomar a dose da campanha anualmente, até os cinco anos.

A vacina é recomendada mesmo para crianças com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. Para quem tem infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde recomenda que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada. A vacina é extremamente segura e tem uma eficácia de imunização entre 90% e 95%.

ÁREA LIVRE – O Brasil está livre da poliomielite desde 1990 e, em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre para Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território. No entanto, ainda existem países endêmicos que detectam casos da doença, Paquistão e Afeganistão, que registraram, em 2020 (até 20/10), um total de 132 casos de pólio. Portanto, a vacinação é fundamental para que os casos de paralisia infantil não sejam registrados novamente no Brasil.

A poliomielite é uma doença infecciosa grave. Na maioria das vezes, a criança não morre infectada, mas adquire lesões graves que afetam o sistema nervoso, causando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção ocorre principalmente por via oral.

By Gabriel Ana

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