Dois mil brasileiros vão participar de testes de vacinas

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Dois mil brasileiros vão participar de testes de vacinas

O Fleury Group anunciou hoje que realizará a seleção de dois mil candidatos brasileiros para participar da terceira fase de testes de uma vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Com os brasileiros, haverá cerca de 50.000 voluntários que participarão de testes de vacinas em todo o mundo em vários estudos.

Anunciado no início deste mês, o estudo no Brasil está sendo conduzido pela Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Durante o processo de seleção, o Grupo Fleury fornecerá cerca de dois mil testes de diagnóstico sorológico para o covid-19, usados ​​para detectar o desenvolvimento de anticorpos para o coronavírus. Quem foi infectado não poderá participar do experimento porque acredita-se que essas pessoas já tenham produzido imunidade contra a doença.

De acordo com o Grupo Fleury, a maioria dos brasileiros selecionados será composta por trabalhadores da saúde, homens e mulheres entre 18 e 55 anos. Ele será dividido em dois grupos: um receberá a vacina e o outro será testado com a vacina controle MenACWY, também conhecida como vacina conjugada meningocócica. Para descobrir a eficácia da vacina, os pesquisadores compararão dois grupos: a porcentagem de pessoas vacinadas que não desenvolveram a doença e a proporção de indivíduos com uma vacina de controle que eventualmente foi infectada pelo coronavírus.

“Se a primeira equipe, a das pessoas testadas com a vacina, tiver uma porcentagem maior de imunidade em comparação com as que tomaram a vacina de controle, a conclusão é a eficácia da vacina”, explica o Dr. Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury. “Infelizmente, todas as indicações são de que o Brasil ainda está em uma curva ascendente. Nesse contexto, a realização de estudos com testes de vacinas é favorável porque grande parte da população ainda não desenvolveu imunidade contra o novo coronavírus”, acrescentou.

A vacina, desenvolvida pela Universidade de Oxford, é fabricada a partir de uma versão enfraquecida do vírus do resfriado comum, o adenovírus, que contém material genético da proteína SARS-CoV-2 Spike. Após a vacinação, é produzida uma proteína que estimula a resposta do sistema imunológico à infecção por covid-19. A vacina passou pela primeira fase de testes em abril, envolvendo um grupo de mais de 1.000 pessoas com idades entre 18 e 55 anos no Reino Unido. Desde então, iniciaram-se duas e três fases de testes e agora existem cerca de 50.000 voluntários em São Paulo, incluindo um total de 2.000 voluntários de um projeto conduzido pela Unifesp.

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