Um aumento nas operações no leste e sudeste da Ucrânia nos últimos dias parece indicar que a fase inicial da esperada contra-ofensiva da Ucrânia contra a Rússia está em andamento, mas o impulso principal ainda não começou, segundo autoridades dos EUA.

Uma autoridade ocidental disse a repórteres na terça-feira que as forças ucranianas estão conduzindo operações em torno de Bakhmut e ao sul da cidade de Donetsk, e que as atividades ao sul de Donetsk parecem ser um novo esforço.

A Ucrânia tem estado em silêncio sobre como sua contra-ofensiva pode começar. No fim de semana, o Ministério da Defesa da Ucrânia postou um vídeo com soldados levando os dedos aos lábios em um gesto de “shh”, acompanhado de um texto que diz: “Planos amam o silêncio. Não haverá anúncio do início”.

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, disse na segunda-feira que defender o território ucraniano inclui a realização de “medidas contra-ofensivas”, mas minimizou as alegações russas de que uma contra-ofensiva mais ampla já começou. Observando os avanços ucranianos nas aldeias perto de Bakhmut, ela disse que as forças ucranianas agora têm o terreno elevado perto da cidade simbólica sob controle.

Os EUA e seus aliados passaram meses treinando forças ucranianas em manobras de armas combinadas para a contra-ofensiva. O treinamento resultou em mais nove brigadas blindadas e mecanizadas ucranianas atualmente na Ucrânia e mais três brigadas sendo treinadas na Alemanha.

Os vídeos nas mídias sociais da atividade na Ucrânia não parecem mostrar equipamentos ocidentais, como os veículos blindados Bradley ou Stryker, que provavelmente fariam parte dessas brigadas treinadas pelos EUA e poderiam sinalizar que o ataque principal da contra-ofensiva começou.

O secretário de Defesa, Lloyd Austin, disse aos repórteres que o acompanharam no fim de semana que haveria “paradas e recomeços” na contra-ofensiva da Ucrânia, mas os ucranianos estavam bem preparados.

O Destruição da Barragem de Kakhova perto de Zaporizhia poderia dificultar a contra-ofensiva da Ucrânia, dificultar a realização de operações de ponte e resultar na evacuação de milhares de residentes na área inundada.