Ciência nuclear para controle de mosquitos e geração de energia limpa é foco da visita do Diretor-Geral Grossi ao Brasil

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    Em um projeto piloto no bairro Brasília Teimosa, em Recife, Pernambuco, mosquitos Aedes aegypti machos estéreis são liberados todas as semanas. (Foto: D. Calma / IAEA)

    Desde outubro de 2020, entre 250.000 e 350.000 machos estéreis foram libertados todas as semanas em uma área de 60 hectares. Os lançamentos – os primeiros em um ambiente urbano – já reduziram a população de mosquitos selvagens na região em 19 por cento. A Moscamed Brasil foi nomeada Centro Colaborador da IAEA em 2018 e agora oferece especialistas e cursos de treinamento para países como Maurício, África do Sul e Tailândia em vários projetos SIT.

    Grossi também visitou o Centro Regional de Ciência Nuclear da Universidade Estadual de Pernambuco, bem como o Museu de Ciência Nuclear, que está fazendo um trabalho fantástico de desmistificar a tecnologia nuclear e promover a educação STEM, disse ele.

    Na sexta-feira, Grossi visitou a única usina nuclear do Brasil em Angra dos Reis, no litoral entre o Rio de Janeiro e São Paulo. A usina tem dois reatores em operação com capacidade total de 1.884 MW (e), um terceiro está em construção e fornece cerca de 2,1% da eletricidade do Brasil. Em 2020, o Brasil aprovou um plano nacional que visa aumentar a capacidade nuclear instalada do país em 10 gigawatts até 2050.

    “O Brasil tem um programa de energia nuclear muito desenvolvido e ambicioso”, disse o Diretor-Geral, “e a AIEA está pronta para continuar nossa boa cooperação com o país nessa área”.

    No sábado, Grossi fará uma visita ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) da Universidade de São Paulo. O instituto atua em diversas áreas da ciência nuclear e opera o primeiro reator de pesquisa do país. Também realiza pesquisas sobre os usos industriais da radiação, como a esterilização de máscaras faciais para a população, a modificação de plásticos e a preservação de artefatos culturais, e será responsável pela operação do reator multifuncional brasileiro de 30 MW que contribui ao país, o uso de radiofármacos vai ajudar no diagnóstico e no tratamento de doenças como o câncer.

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