Chegada do verão gera maior preocupação com doenças ligadas ao Aedes Aegypti
A chegada do verão e a estação das chuvas em várias regiões do país, trouxeram o crescimento da circulação do mosquito Aedes aegypti e das doenças associadas. Em Barbacena, foram confirmados 16 casos de dengue e nenhum de zika e chikungunya no ano.
O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde lançado em dezembro registrou um total de 971.136 casos prováveis de dengue no Brasil, com um total de 528 óbitos. Autoridades de saúde também relataram um total de 78.808.000 casos de chikungunya, com 25 mortes e 19 casos sob investigação em todo o país.
Segundo o professor de epidemiologia da Universidade de Brasília, Walter Ramalho, o maior desafio no momento é a redução dos criadouros do mosquito, que está no Brasil há mais de 100 anos, chegando a ser erradicado em alguns momentos.
O especialista destacou a permanência do inseto nos últimos 30 anos, bem como a adaptação ao cenário de urbanização do país e o uso crescente de materiais plásticos, que facilitam o acúmulo de água, propício à reprodução do mosquito.
O cuidado no combate aos focos não pode ser tarefa apenas do Poder Público, uma vez que qualquer residência, terreno ou propriedade pode concentrar focos, não sendo possível às equipes responsáveis pela fiscalização cobrir todo o território.
Em novembro, o governo federal lançou uma campanha com o lema “Combater o mosquito é com você, comigo, com todos” contra a proliferação do Aedes, com o objetivo de conscientizar os cidadãos sobre a importância de limpar com frequência as estruturas onde pode haver focos e evitando água parada todos os dias.
A campanha conta com a divulgação de material publicitário na mídia, alertando sobre esses cuidados e os riscos de disseminação do mosquito, além das consequências das doenças a ele associadas.
Fonte: Agência Brasil | Foto: Olhar Digital
https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-12/aumenta-preocupacao-com-doencas-ligadas-ao-aedes-aegypti-no-verao