SÃO PAULO, 24 de julho (Reuters) – Manifestantes saíram às ruas de várias cidades brasileiras no sábado para pedir o impeachment do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, cuja popularidade despencou nas últimas semanas em meio a escândalos de corrupção em meio à pandemia.
Foi anunciado esta semana que o Ministério da Defesa brasileiro disse à liderança do Congresso que as eleições não ocorreriam no próximo ano sem alterar o sistema de votação eletrônica do país para incluir um registro em papel de cada votação.
Bolsonaro fez várias alegações sem evidências de que o sistema atual é vulnerável a fraudes, alegações que o governo brasileiro negou.
Bolsonaro enfrenta a reeleição no ano que vem, em uma disputa que provavelmente enfrentará seu arquiinimigo político, o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva. As pesquisas mostram que Bolsonaro está perdendo para Lula.
Os protestos de sábado marcaram pelo menos a segunda vez neste mês que brasileiros saíram às ruas contra o Bolsonaro em várias cidades.
“Estou aqui porque chegou a hora de responder ao governo genocida que assumiu o controle do nosso país”, disse Marcos Kirst, um manifestante em São Paulo.
Mais de 500.000 brasileiros morreram de COVID-19 sob a liderança de Bolsonaro, que tem sido amplamente criticada por repudiar a gravidade da doença e se opor a máscaras e medidas de distanciamento social.
Bolsonaro está agora sob investigação no Senado, que investiga a possibilidade de corrupção relacionada à compra de uma vacina contra o coronavírus indiano.
Na Avenida Paulista, tradicional local de protestos políticos, mais de mil pessoas se reuniram no sábado, às 16h.
Bolsonaro esteve em Brasília, a capital, no sábado, para fazer um passeio de moto enquanto cumprimenta a torcida.
Reportagem de Marcelo Rochabrun; Cobertura adicional de Pedro Fonseca; Edição de Leslie Adler
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