Os eleitores brasileiros foram às urnas no domingo em meio a alegações feitas principalmente pelo atual presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro e seus apoiadores de que o sistema eleitoral do país provavelmente será vítima de fraude. O Brasil foi pioneiro no uso do voto eletrônico, afastando-se da cédula de papel nas eleições municipais de 1996. Com escolha Enquete Nos dias que antecederam a eleição, em que Bolsonaro ficou atrás do candidato da oposição e ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente continuou a alimentar temores sobre a justiça da tecnologia de votação.
Nos meses que antecederam a eleição, Bolsonaro fez afirmações vagas de que as máquinas de votação eram vulneráveis a fraudes, alegando que eram “facilmente manipuladas” por hackers.
Embora tenha defendido o e-voto em 1993, em 2018 Bolsonaro alegou ter sido enganado pelas urnas depois de não conseguir vencer no primeiro turno. Ele o fez mesmo depois de sua vitória nas eleições presidenciais.
Bolsonaro não conseguiu provar suas alegações e disse isso. “Não há como provar que as eleições foram fraudulentas ou não”, disse Bolsonaro aprovado em julho. Ainda assim, ele e seus apoiadores continuaram a fazer alegações de fraude futura no período que antecedeu a eleição.
Enquanto isso, evidências em apoio ao voto eletrônico surgiram das próprias auditorias internas do governo, bem como de investigações externas conduzidas pelo governo União do Tribunal de Contas (TCU), a policia federale a Exército Brasileiro. As verificações mostraram que as urnas eletrônicas não podiam ser invadidas porque não estavam conectadas à internet. Após três rodadas de auditorias, o TCU concluído que “primeiro, as urnas eletrônicas são verificáveis. Em segundo lugar, as urnas eletrônicas são confiáveis. Terceiro, as urnas eletrônicas são transparentes”.
O Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) lançou quatro aplicativos em um lance antes do dia das eleições no domingo aumentar a confiança no processo e facilitar o acesso à votação.
O aplicativo e-Título é um localizador de assembleias de voto que também armazena os títulos eletrônicos de eleitor de seus usuários. Boletim na Mão e Resultados são aplicativos de rastreamento de pesquisas, o primeiro por área geográfica e o segundo por resultados de candidatos. Finalmente, Pardal pode ser usado para alertar as autoridades sobre atividades ilegais de votação, como fraude eleitoral e campanha política, que não são permitidas no dia da eleição.
resto do mundo conversou com eleitores em uma urna em Copacabana, no Rio de Janeiro. A demografia social, racial e ideológica mista do bairro o torna um local ideal para pesquisas. Embora Copacabana seja majoritariamente branca e tenha sediado comícios de Bolsonaro, também abriga várias comunidades da classe trabalhadora que apoiam Lula.
Entre as dezenas de eleitores resto do mundo falou, os eleitores mais jovens tendiam a confiar mais nos aplicativos do TSE do que os eleitores mais velhos, enquanto os apoiadores de Bolsonaro desconfiavam mais da tecnologia nas eleições do que os apoiadores de Lula. No geral, a confiança nos aplicativos e no sistema de votação eletrônica foi determinada pela preferência política em relação a praticamente qualquer outra afiliação.
As entrevistas a seguir foram editadas por questões de brevidade e clareza.
Selma Rodrigues de Oliveira Rosa, 53 anos, atriz, enfermeira e empresária
Pelo que li no jornal parecem ter regulamentado as cabines eletrônicas. Acredito que será uma eleição justa e limpa. As máquinas começam com zero votos e há todo um processo de fiscalização que passa por todos os candidatos. Você pode inspecionar todas as máquinas, então confio na urna eletrônica.
Francisco Eudes Sousa Vasconcelos, 49 anos, advogado
Acho que a tecnologia teve um impacto positivo nas eleições brasileiras. O Brasil tem os resultados eleitorais mais rápidos. A afinação foi super suave e rápida. Não há como voltar ao que a gente fazia, que era votar no papel. Tudo é eletrônico hoje em dia.
Eu também tenho todos os aplicativos de escolha. Eu gosto dela; Você pode acessar as informações e fica mais claro. Só quem não quer ser informado não busca informação. E você pode confiar nesses aplicativos porque eles vêm de instituições oficiais. É muito mais fácil descobrir de onde vieram suas informações. Você pode vinculá-lo de volta a boas fontes. Se apenas recebêssemos informações de grupos de WhatsApp, não saberíamos de onde vieram as informações.
Natália Oliveira Perles, 23, estudante
Na última eleição a tecnologia teve um boom, foi uma surpresa, não estávamos preparados para fake news e acho que dessa vez estamos lidando com isso um pouco melhor, com muitas ressalvas, não somos mais novos para este cenário, estamos mais conscientes do que está acontecendo e qual é o problema. Eu sei que notícias falsas ainda estão sendo espalhadas, mas não somos pegos de surpresa.
Carlos Viggiano Junior, 59, policial
Não podemos verificar a votação. Na minha opinião, a votação deve ser por escrito, por isso não confio nem um pouco na urna eletrônica. Os tribunais eleitorais são completamente corruptos. A votação foi rápida, mas foi rápida demais. Deviam ter deixado a foto do candidato na tela por mais tempo. Achei que as cabines eletrônicas foram feitas de má fé.
Jansen Fernandes, 30, médico, e Rafael Sampaio Fraquim, 41, funcionário público
Tenho o hábito de acompanhar o tribunal eleitoral nacional, o TSE. Acho os aplicativos fáceis de usar. Eles têm layouts fáceis de entender. Ajudei amigos a baixá-lo justamente porque disseram que perderam o documento de votação. Acho que o aplicativo e-Título facilita a votação – mostra onde está sua mesa de voto, inclui sua foto que é uma ferramenta extra para as pessoas votarem.
Acredito em tecnologia, acredito que o TSE é um órgão legítimo do governo e que o Auditorias que são feitas são muito rigorosos. Não aceito quem desacredite o processo eleitoral no Brasil.
Arlete Andrade de Queiroz Leite, 94, advogada
Não acho que a tecnologia influencie nossas eleições. Ouvi falar dos aplicativos, mas não baixei porque não sei como usá-los. Não fiz porque tenho medo de fazer errado. Acabei de votar.
Itala Sandra Del Sarto, 72, psicóloga
Ouvi falar dos aplicativos do TSE, mas não os uso porque tenho problemas no computador. Estou bem informado sobre o andamento das eleições. O TSE mandou um email sobre isso e achei interessante mas ainda não baixei o e-Título nem nada. Não me parece familiar. Vi que ainda podemos votar com nossos documentos com foto e documento de voto, então vim cumprir meu dever cívico com meu documento de identidade.
Confio no equipamento, não confio tanto naqueles que contam os votos.
Flávia Vitória Cardoso Garces, 28, psicóloga, e a amiga Ana Caroline Vianna, 21, designer
Votei usando o aplicativo e-Título. Foi super fácil, acabei de entrar, acabei de votar, não tive nenhum problema, nenhuma reclamação. E eu confio na votação eletrônica porque não há evidências de que não seja confiável, certo?
Carlos Magno de Jesus da Silva, 31, auxiliar administrativo, e Tiago de Jesus Severo, 32, construtor
O sistema de votação eletrônica me faz sentir seguro. Tudo é eletrônico hoje em dia, isso me dá essa confiança. E sim, eu uso os aplicativos. No momento está tudo bem, mas vamos ver quando os votos forem contados, certo?