Banco Mundial apoia estratégia para restaurar a educação no Brasil [EN/PT] – Brasil

Anexos

O programa tem como foco as regiões Norte e Nordeste, que foram as mais atingidas pela crise educacional da pandemia de COVID-19

WASHINGTON, 12 de maio de 2022 – A Diretoria do Banco Mundial aprovou hoje o projeto de US$ 250 milhões para recuperar as perdas de aprendizado da pandemia de COVID-19 no Brasil. O programa apoiará a estratégia brasileira de promover a regeneração da aprendizagem e combater as taxas de evasão escolar relacionadas à crise de emergência de saúde, implementando programas e sistemas inovadores para fortalecer a gestão da educação em escolas de ensino fundamental e médio no Norte e Nordeste do país.

“A pandemia do COVID-19 apresentou à educação global desafios sem precedentes. Uma estratégia de recuperação sistemática permitirá ao Brasil não apenas reverter as perdas de aprendizado relacionadas à pandemia, mas também promover uma melhoria sólida e sustentável na educação”, afirma o Ministério da Educação, Victor Godoy Veiga.

O Brasil teve um dos mais longos fechamentos de escolas da região devido à pandemia. De acordo com o Ministério da Educação do Brasil, as escolas públicas permaneceram fechadas por uma média de 287,4 dias (ou cerca de 9,5 meses), enquanto as escolas privadas ficaram fechadas por 247,7 dias (cerca de 8 meses), uma diferença de 40 dias entre as públicas e as privadas. As regiões Norte e Nordeste registraram fechamentos de escolas ainda mais longos, com o estado da Bahia registrando o maior fechamento de escolas (366,4 dias em média), seguido por Roraima (349,4 dias), Rio Grande do Norte (336,5 dias), Acre (332,7 dias) e Amapá (332,4 dias).

Apesar dos esforços para incentivar o ensino online, as barreiras de conexão tanto nas escolas quanto nas casas dos alunos dificultaram o aprendizado, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. De acordo com o censo escolar de 2020, apenas 60% das escolas públicas do Brasil têm internet. Essa situação é ainda pior no Norte e Nordeste do Brasil, onde as conexões de Internet estão disponíveis apenas em 48,5% das escolas públicas (banda larga apenas 39%).

A operação proposta visa reduzir as disparidades regionais apoiando programas inovadores online e presenciais. As principais iniciativas incluem: (i) o estabelecimento de observatórios nacionais e estaduais para abandono escolar precoce (OSD); (ii) um Sistema de Alerta Antecipado (SAP) para ajudar a identificar alunos com alto risco de abandono escolar; Tutoria personalizada para professores e Iniciativa Socioemocional (SIS) para reconstruir as habilidades socioemocionais dos alunos e motivá-los a estudar de forma eficaz.

De volta à escola, o desafio é fazer com que os alunos (re)aprendam de forma eficaz. Nesse aspecto, o programa tem duas linhas de ação: abordagens presenciais, oferecendo um Programa de Tutoria Personalizada (APA) para pequenos grupos de alunos com defasagens de aprendizagem semelhantes; e discussões em grupo estruturadas no SIS para mitigar o impacto da pandemia nas habilidades socioemocionais dos alunos. A segunda linha de ação concentra-se em estratégias e sistemas de ensino híbridos para compensar as perdas de aprendizagem, fornecendo às escolas conectividade e acesso à Internet para alunos vulneráveis ​​sob a Lei 14.172 e os Laboratórios de Criatividade e Inovação, instalações onde os professores são trazidos para as comunidades do interior e os diretores são treinados para usar a tecnologia em sala de aula e dominar as habilidades essenciais de ensino necessárias para ajudar os alunos a compensar as perdas de aprendizado.

O projeto também apoiará dois sistemas educacionais inovadores: o Ecossistema de Soluções Educacionais, que visa oferecer às escolas públicas uma gama de ferramentas educacionais, incluindo plataformas de aprendizagem adaptativa; e a Plataforma de Gestão Integrada da Educação, que tem como foco a integração do sistema de gestão educacional da Secretaria de Educação. Ao fortalecer modelos de aprendizagem híbridos, treinar professores para usar a tecnologia e consolidar sistemas educacionais, o projeto visa construir resiliência a futuras pandemias e desastres naturais que possam atrapalhar o aprendizado e o ensino.

“O mundo está enfrentando uma crise de educação silenciosa. Há uma necessidade urgente de ação. Ao apoiar este programa abrangente e inovador de recuperação da aprendizagem, o Banco Mundial acredita firmemente que o Brasil se tornará um modelo para os países da região no enfrentamento de crises de aprendizagem”, afirma Paloma Anós Casero, Diretora do Banco Mundial para o Brasil.

Os resultados suportados pelo programa incluem:

  • Estabelecimento de observatórios nacionais e estaduais para abandono escolar precoce (OSD).
  • Implementação de um sistema de alerta precoce (SAP).
  • Implementação de um programa de educação e família.
  • Implementação de um Programa de Tutoria Personalizada (APA).
  • Implementação da Iniciativa Socioemocional (SIS).

Este empréstimo do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) ao Ministério da Educação é garantido pela República Federativa do Brasil e tem prazo final de 34,5 anos com carência de 5 anos.

Contatos

Washington
Yuri Szabo Yamashita
[email protected]

Brasil
Elisa Diniz
+55 (61) 3329-1059
[email protected]

By Carlos Jorge

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