“Continuamos uma forte mobilização dos farmacêuticos nesta luta pela revisão salarial, pela contratação de mais farmacêuticos e pela segurança e garantia de cuidados de qualidade aos utentes do SNS”, afirmou o Presidente do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNSF), Norberto Cardoso.
Este foi o segundo dia de greve destes trabalhadores dos hospitais públicos, com paralisações nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal, e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
O protesto prossegue na quinta-feira, com os farmacêuticos a entrarem em greve nos distritos de Bragança, Braga, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Aveiro, Castelo Branco, Guarda, Coimbra, Leira e Viseu.
“Há hospitais que registaram 100% e outros com menos cumprimento mas com valores de 90% a nível mundial nos distritos e regiões autónomas”, assegurou Norberto Cardoso.
Sobre o impacto da paralisação, o dirigente sindical disse que os serviços ambulatoriais não mínimos nos hospitais atingidos pela greve foram “praticamente fechados”, levando a “atrasos na distribuição de medicamentos aos pacientes hospitalares”.
“Não temos conhecimento de reclamações de nenhum hospital ou incidentes relativos ao cumprimento dos serviços mínimos”, acrescentou Norberto Cardoso, lembrando que o cumprimento integral é “uma marca de todas as greves dos farmacêuticos”.
O SNSF solicita com urgência soluções que adequem o número de farmacêuticos no SNS às necessidades da atividade farmacêutica, à avaliação da profissão, à atualização das remunerações e à regularização dos contratos precários.
O sindicato defende ainda o reconhecimento dos graus de residência conferidos pela Ordem dos Farmacêuticos e a disponibilização de um procedimento especial e transitório de formação em residência farmacêutica para os admitidos após março de 2020.
TPN/Lusa